O conceito pretende, numa primeira fase, que as farmácias venham a disponibilizar um serviço de intervenção estruturada em 33 situações clínicas ligeiras.
22 . Nov . 2024
O conceito pretende, numa primeira fase, que as farmácias venham a disponibilizar um serviço de intervenção estruturada em 33 situações clínicas ligeiras.
Após a disrupção social causada pela pandemia de Covid-19, o mundo mudou. A realidade é hoje marcada, por um lado, pelas alterações demográficas e, por outro, por constrangimentos nos SNS, que têm levado à necessidade de se recentrar a organização dos sistemas de saúde nos cuidados primários, assegurando a distribuição das pessoas pelo nível de cuidados mais eficiente.
Isto realça a importância da Farmácia Comunitária, pelas suas características e distribuição, mas sobretudo pela elevada qualificação das equipas. Em diferentes geografias, os serviços nacionais de saúde, pressionados para dar respostas adequadas e efetivas a todos quantos delas necessitem, olharam para o seu contexto, procurando identificar oportunidades junto dos recursos disponíveis para o estabelecimento de parcerias que, com qualidade e eficiência, os ajudem a responder à população que servem, retirando, assim, os casos de menor gravidade da esfera de outros níveis de maior especialização, libertando-lhes tempo para o atendimento daqueles de maior necessidade. Em Portugal, dois números ressaltam. O primeiro: 40% de todos os casos que chegam aos hospitais são falsas urgências.
O segundo: todos os dias as equipas das farmácias interagem com 560.000 pessoas. É mais de 5% da população do país que confia nos profissionais para a resolução dos seus problemas de saúde.
É neste contexto que a ANF tem vindo a desenvolver, desde o ano passado, um programa no âmbito da abordagem às situações clínicas ligeiras, que procura capacitar e dar suporte às farmácias numa intervenção mais estruturada, e gerar evidência sobre o papel das equipas na resolução de patologias simples que, de outro modo, acabam muitas vezes, de forma desnecessária, por conduzir as pessoas às urgências hospitalares.
O conceito que pretende, numa primeira fase, que as farmácias venham a disponibilizar no seu portefólio um serviço de intervenção estruturada em 33 situações clínicas ligeiras, está presente nesta Expofarma, no stand das Farmácias Portuguesas. Ali é possível perceber o seu interesse estratégico na construção da proposta de valor do setor para as pessoas e a sociedade em geral, conhecer os propósitos do programa e as ferramentas desenvolvidas para suportar as farmácias no seu desenvolvimento.